Portando velas e tochas, cuja luz é símbolo da Fé que resplende em seus corações, fieis de Irapuru participaram com verdadeiro fervor da procissão luminosa que percorreu as ruas desta pequena cidade do interior paulista.
Daquele eterno convívio trinitário, dentro de um, por assim dizer, grandioso, eloquente e eterno silêncio, uma onipotente voz se fez ouvir: “Faça-se a luz!” (Gn 1, 3). E, no mesmo como que instante, algo de novo surgiu do meio da escuridão do nada: a luz, este maravilhoso elemento através do qual nossos olhos podem captar a realidade de uma maneira mais substanciosa do que através dos outros sentidos, sendo tal um símbolo perfeito daquela essência incriada que é dada contemplar aos bem-aventurados na eternidade.
De fato, é através de uma criatura análoga à luz terrena, o lúmen goriae, que, segundo São Tomás de Aquino, os Anjos e Santos no Céu têm uma atemporal visão da face de Deus, não com os olhos da carne, mas com os do espírito, nisto consistindo a essência da felicidade celeste.
Aqui na terra já nos é dado participar, ainda que de uma maneira imperfeita, desta luz, através da Fé: virtude teologal que concede àquele que a possui uma antevisão e um antegozo do convívio trinitário para o qual somos chamados plenamente após a morte.
É por este motivo que um símbolo eloquente dessa virtude é a luz de velas e tochas, as quais, rompendo ainda que de uma maneira tímida a escuridão noturna, nos dão uma ideia do que é a presença de um fiel cristão inserido no meio das trevas de um mundo neo-paganizado, este sombrio início do século XXI, herdeiro das máximas, tendências e fatos da triste centúria que lhe antecedeu.
Em Irapuru, pequena e simpática cidade do interior paulista, deu-se, no último dia 28 de julho do presente ano de 2012, uma brilhantíssima manifestação pública da prática da virtude teologal da Fé: uma concorrida procissão luminosa, na qual homens e mulheres, jovens e idosos, adultos e crianças, portando velas e tochas, e o Santo Rosário, louvaram pelas ruas os Nomes Santíssimos de Jesus e Maria com verdadeiro entusiasmo e autêntico fervor, exprimindo deste modo, a profundidade de suas católicas convicções.
No Comments Yet