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No Prefácio da liturgia da missa de Cristo Rei, último domingo do tempo ordinário, síntese final do ano litúrgico, proclama-se: “…um reino eterno e universal que se estende a todas as criaturas, reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz”. A doutrina da Realeza de Cristo foi proclamada pelo magistério da Igreja em 1925 com a encíclica “Quas primas” de Pio XI, que instituiu também a festa correspondente, a ser celebrada no último domingo de outubro e que, a seguir, a reforma litúrgica determinou fosse celebrada no último domingo que precede o tempo do Advento. É, portanto, uma festa móvel e a cor litúrgica das vestes e dos paramentos é o branco, que celebra Seu mistério de glória, como em todas as solenidades que se referem ao Senhor.

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Neste último domingo (21/11), a cor litúrgica branca cedeu lugar a dourada, em plena festa de Cristo Rei, Maria foi coroada Rainha pelas mãos do pároco da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, bairro do Jóquei em Marília – SP.

O Beato Papa João Paulo II quando estivera no Brasil conquistou os corações, João de Deus, assim o chamávamos em nossas terras rubras, pelo pau-brasil e, inesquecíveis são suas palavras por ocasião de sua visita a cidade do Rio de Janeiro: “Se Deus é brasileiro, o Papa é carioca!”

Outrora, Pe. Sérgio Luiz Roncon vivera em Portugal, pelas cercanias de Fátima, junto ao Santuário de Nossa Senhora onde prestou valoroso contributo a nossa mãe pátria por meio da assistência espiritual aos peregrinos, dizia ele nos agradecimentos finais da Missa de encerramento da Missão Mariana em sua paróquia: “Agradecemos a Deus Pai pela vida e vocação destes nossos irmãos aqui. Missões para Cristo com Maria, isso me faz lembrar o Papa João Paulo II, conhecido em Portugal como o Papa de Fátima. O Papa esteve três vezes, em três ocasiões em Fátima, justamente no dia 13 de maio. Em 1982, na sua homilia, o Papa diz: O convite evangélico à penitência e à conversão, expresso com as palavras da Mãe, continua ainda atual. Mais atual mesmo do que há sessenta e cinco anos atrás. Isso ele dizia no ano de 1982. E hoje até mais urgente. No ano de 2000, no 13 de maio, ele diz: Na sua solicitude materna, a Santíssima Virgem veio aqui, a Fátima, pedir aos homens para não ofenderem mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido. É a dor de mãe que A faz falar; está em jogo a sorte de seus filhos. Por isso, dizia aos pastorinhos: Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas!”