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Neste sábado, 11/02, a imagem de Nossa Senhora de Fátima foi conduzida pelas ruas de Guapiara – SP em procissão por devotos da Paróquia de São José. O fogo que brilhou nas tochas trouxe a recordação uma das mais conhecidas procissões do mundo, a procissão das luzes na cidade de Lourdes na França onde a Virgem Santíssima se manifestou a uma jovenzinha, festa comemorada pela Igreja neste mesmo dia.

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Santa Bernadette

Ao contemplar a história das aparições de Nossa Senhora de Lourdes, na gruta de Massabielle, nossos olhos se voltam para a menina a quem Ela falou. Sua vida, transcorrida em acrisolada virtude, expressa com eloqüência porque Deus “escondeu estas coisas aos sábios e prudentes, e as revelou aos pequeninos”. (Lc 10, 21)

Lourdes! Onde encontraremos os termos que alcancem exprimir tudo quanto esse nome significa para a piedade católica no mundo inteiro? Quem poderá traduzir em palavras o ambiente de paz que envolve a gruta sagrada na qual, há 153 anos, a Santíssima Virgem apareceu à humilde Bernadette e inaugurou, de modo definitivo, um novo vínculo com a humanidade sedenta de refrigério e paz? Por desígnio da Divina Providência, a esse lugar associou-se uma ação intensa da graça, especialmente capaz de transmitir aos milhares de peregrinos, vindos de longe, a certeza interior de serem suas preces benignamente ouvidas, seus dramas apaziguados, e suas esperanças fortalecidas.

Com efeito, ao longo deste século e meio, as ásperas rochas de Massabielle tornaram-se palco das mais espetaculares conversões e curas, legando à Santa Igreja Católica um tesouro espiritual de valor incalculável.

Em Lourdes fatos se revestem de uma grandiosidade peculiar, diante da qual nossa língua emudece. Ali está, diante de nós, a sublimidade do milagre. Entretanto, não se pode falar de Lourdes sem nos lembrarmos com veneração da personagem ligada de modo indissociável a essa história de bênçãos e misericórdias.

A modesta pastorinha a quem Nossa Senhora apareceu é o primeiro e maior prodígio de Lourdes: ela simboliza a íntegra fidelidade aos apelos de conversão e penitência, que naqueles dias foram lançados pela Rainha dos Céus, os quais haveriam de chegar aos mais longínquos recantos da Terra.

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Flos Virginum

Os cantos gregorianos são em sua maior parte de origem anônima, muito provavelmente uma alma piedosa, cheia de amor a Deus e à sua Mãe escreveu a letra do “Flos Virginum” cujos versos a Igreja há séculos canta em sua liturgia e, sua tradução a seguir, transcrevemos:

Flor das Virgens, morte do pecado,

única esperança dos infortunados;

Maria nossa guia,

Maria nossa luz,

Estrela infatigável;

Maria que é fonte,

Maria que é monte,

Maria Rosa Mística;

Maria verdadeira flor,

dom inapreciável,

que acercas o Céu e a Terra;

Maria nossa paz,

Maria que nas trevas é

tocha que ilumina.