IMG_5125mais fotografias“Zelo zelatus sum pro Domino Deo exercituum” (“Eu me consumo de selo pelo Senhor Deus dos Exércitos”), foi o brado cheio de entusiasmo que brotou dos lábios do mais fogoso dos profetas: Santo Elias.

O fogo é de tal maneira a expressão, o símbolo da alma ardorosa deste santo varão, que o grande epíteto que este recebeu por sua existência plena de grandes manifestações de zelo e fervor foi nada mais nada menos do que o de “o Ígneo”. Santo Elias é, por antonomásia, o profeta de fogo.

O fogo é, sem dúvida, um elemento que, por seu calor, volatilidade e capacidade purificadora representa por excelência a virtude teologal da caridade, que brilha nos corações dos fieis cristãos, recebida no Batismo, alimentada pela Eucaristia, confirmada pelo Crisma, fortalecida pela prática das virtudes cristãs, que pode ser perdida pelo pecado e readquirida pela penitência; que acompanhará aquele que a possui até a eternidade e fá-lo-á gozar das delícias da visão de Deus face-a-face.

É bem esse o significado das tochas e velas portadas pelos paroquianos de Nossa Senhora do Carmo, em Gama (DF), durante a procissão luminosa ali realizada no último sábado, dia 21 de abril: uma manifestação pública da virtude do amor a Deus e à sua Santíssima Mãe.

Trazendo em suas mãos ígneos luminares, bradando os nomes de Jesus e Maria e, principalmente, rezando o Santo Terço, fieis católicos desta simpática cidade satélite de Brasília manifestaram de uma maneira ígnea, ou seja, com verdadeiro fogo espiritual, sua devoção ao Rei dos Reis e Senhor dos Exércitos por meio do louvor à ardorosíssima Rainha do Céu e da terra.