“Bem-aventurado és, Simão…”
Seguido dos seus apóstolos, deixou Jesus Betsaida, remontou o curso do Jordão e chegou em breve às nascentes do rio. Elevava-se naquelas alturas a antiga cidade de Panéias, a qual o tetrarca Filipe acabava de ensanchar notavelmente para fazer dela a capital dos seus estados. E como então estava Tibério sentado no trono dos Césares, deu à nova capital o nome de Cesaréia para ganhar com esta lisonja as boas graças do onipotente imperador. E pela mesma razão é que a esplêndida cidade construída por Herodes às margens do lago da Galiléia tinha o nome de Tiberíades.
E assim se ia cobrindo a Terra Santa de cidades e monumentos que patenteavam a cada passo a decadência do povo de Deus.
E aquele povo rejeitava obstinado Aquele que vinha a salvá-lo. Jesus perpassava como um fugitivo pelo meio daquelas cidades. Os galileus abandonavam-no, os judeus perseguiam-no com ódio implacável, Herodes dava-se-lhes por cúmplice no mesmo ódio, e, se Filipe, seu irmão se mostrava mais tolerante, é porque se lhe dava mais do seu reino do que do Reino dos Céus e não se inquietava, portanto, com o profeta de Nazaré.
Tal espetáculo era bem asado a desalentar os apóstolos. Quando aderiram à pessoa de Jesus, tinham contado com que fundaria realmente um reino novo e libertaria a Israel. E aí está que depois de ter percorrido as províncias como verdadeiro libertador, depois de ter ajuntado numerosos discípulos com o brilho de sua palavra e à força de milagres, depois de ter confundido os seus inimigos com aplauso das turbas, eclipsa-se de súbito a sua gloria, o seu poder parece paralisado e sem influência nos espíritos a sua palavra. Se, às vezes, ainda cura algum enfermo, é como a ocultas, para não chamar a atenção daqueles fariseus com quem antes arrostava e se prossegue pregando o seu Reino, já não é às multidões e nas praças públicas, mas na intimidade, aos apóstolos que o seguem nas suas peregrinações ao estrangeiro.
Resistiria à fé dos doze apóstolos àquela rude prova? Quando os discípulos o deixaram, Pedro, em nome dos companheiros, tinha protestado que nunca largaria o seu Mestre; estariam ainda nas mesmas disposições? Jesus sondava-lhes o íntimo do coração, porém quis oferecer-lhes ocasião de manifestarem os próprios sentimentos a respeito dele. Tendo pois, chegado aos arredores de Cesaréia, detiveram-se para descansar um pouco. Retirou-se o Salvador a orar a seu Pai, que este era o seu costume antes de qualquer ação de grande importância e logo voltando para junto dos apóstolos, fez-lhes esta pergunta: “Que dizem por aí do Filho do homem? – Uns, responderam eles, veem nele a João Batista, outros Elias, outros, Jeremias, ou qualquer dos profetas. – E vós quem dizeis que eu sou? – Quem sois vós? respondeu Pedro sem hesitar um momento: Vós sois o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
Pedro nunca tinha deixado de crer em Jesus. No dia em que nas margens do Jordão o tomou por Mestre, considerou-o como o Messias prometido; e quando os discípulos, escandalizados, o abandonaram, Pedro exclamou: “Vós sois o Messias, o Filho de Deus”. Hoje, quando Israel rejeita ao libertador prometido pelos profetas, Pedro, inabalável na sua fé, proclama altamente, contra todo Israel, que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.
O intrépido apóstolo acabava de justificar o nome de Pedro que o Salvador lhe impusera, quando pela vez primeira o viu. Chegada é a hora de desvendar ao pescador da Galiléia, aos seus colegas e ao mundo inteiro, a razão misteriosa daquele apelido significativo. Elevando por sua vez a voz, respondeu Jesus à confissão da sua divindade com esta promessa que só um Deus podia fazer:
“Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, pois a carne e o sangue não foram os que te revelaram quem eu sou, mas o meu Pai que esta nos Céus. E eu digo-te que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-hei as chaves do Reino dos Céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no Céu e tudo o que desatares na terra, será desatado no Céu”.
Naquele dia memorável, para recompensar a fé de Simão Pedro, constituiu-o Jesus fundamento da Igreja, que é o seu Reino neste mundo, e depositário da sua autoridade até ao fim do mundo. E prometeu que esta Igreja, edificada sobre aquela rocha indestrutível, ficaria de pé, não obstante todas as potências do inferno contra ela conjuradas. Esta segurança foi por Jesus de Nazaré dada a Pedro, o pescador do lago, um dia em que viajavam juntos pelos subúrbios de Cesaréia de Filipe. E que de montões de ruínas desde que estas palavras foram proferidas! Filipe com o seu principado, e Tibério com o seu império não são mais do que umas recordações. A famosa Cesaréia desapareceu sem deixar vestígio; apenas umas tantas pedras, enterradas na areia do deserto, relembram ao caminhante que ali se elevava noutras eras a capital de um reino. De século em século, desabam os impérios uns após os outros; e só o Reino de Pedro subsiste com o seu Chefe, em virtude daquela promessa: “As portas do inferno nunca prevalecerão contra ela”.
(Da obra “Jesus Cristo, Sua Vida, Sua Paixão, Seu Triunfo” do Revmo. Pe. Augustin Berthe”)
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Encerrando a Semana Missionária na Paróquia São Judas Tadeu, a Cavalaria de Maria continuou suas missões em Bagé – RS, passando para uma paróquia dedicada também a um Apóstolo, ao Príncipe deles, o glorioso São Pedro.
Na noite de 24 de março – às vésperas da Solenidade da Anunciação do Senhor – a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima foi conduzida em carreata desde a Igreja Matriz de São Judas Tadeu, até à de São Pedro, onde se iniciaram as atividades evangelizadoras através da celebração da Santa Missa, a qual foi presidida pelo Pároco Pe. Elautério Conrado da Silva Júnio.
A semana em que os Arautos passaram em nossa Paróquia São Pedro foi um presente de N Senhora, foi inesquecível, estamos sentindo saudades, a igreja sempre aberta, exposição do Santíssimo, confissões, missas com a igreja sempre lotada, cerimônias com muito respeito, muita espiritualidade, missionários dignos de levarem Jesus ao mundo através de sua Mãe. Que Deus abençoe a todos. Esperamos que um dia voltem a nossa Bagé.
Fiquei muito feliz ao receber a visita da imagem de nossa Senhora em nossa casa.
foi muito bom ter vcs em nossa cidade ja estamos com saudades, vcs tem um trabalho muito abençoado, que Deus sempre proteja vcs, e que nossa senhora sempre esteja a frente de vcs. nossa capelinha ja esta visitando as casas em minha Rua. Na comunidade de Raichaski Içara sc. Obrigado por sua mensagem .
Eu e minha familia, ficamos felizes de termos participados , deste maravilhoso momento, onde com minha humilde camionete, levamos a imagem de Nossa Senhora de Fátima, da Paróquia São Judas até a Paróquia São Pedro.