No Evangelho do último domingo, 9 de dezembro de 2012 (2º do Advento) contemplamos a figura do Precursor, São João Batista (cf. Lc 3, 1-6), como aquele que anunciava a proximidade da salvação que estava por vir através do Messias. Com efeito, era João Batista o profeta que tinha como missão preparar o povo mais diretamente para a chegada de Cristo, o Cordeiro de Deus… Que vocação extraordinária!…

De uma maneira análoga, nós, católicos, temos um chamado semelhante. Todavia, não tendo em vista somente a vinda de Cristo de um modo padecente, mas o seu advento de uma maneira gloriosa e retumbante, como Rei e Juiz de toda a história.

Uma vez que Cristo veio ao mundo por meio de Maria, e reinará no mundo por meio dela, como ensina São Luís Maria Grignion de Montfort em seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, coroar a imagem de Maria em solene cerimônia pública tem um significado especial de anúncio da proximidade de tão sublime advento e triunfo. Sim, coroar uma imagem de Nossa Senhora de Fátima com toda a pompa e circunstância é nada mais do que anunciar que está para chegar o glorioso reino de Jesus, senão de um modo retumbante, pelo menos nos corações dos homens e mulheres e – por que não dizê-lo? – no coração de toda a humanidade contemporânea.

Foi exatamente numa cerimônia como esta, após uma não menos solene celebração eucarística – realizada na Paróquia Santa Maria, em Piratininga (SP) – que a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima foi coroada, sendo, por este povo cheio de fé, aclamada como Rainha de seus corações, suas famílias e suas vidas.