Santa Cecília, Virgem e Mártir

Na virgem e mártir Santa Cecília – cuja memória é celebrada no dia 22 de novembro – contemplamos uma alma inteiramente voltada para a realização dos desígnios de Deus em sua existência. Havendo feito voto de virgindade, foi obrigada a casar-se, o que para ela significava não pequena provação. Mas, em sua inteira fidelidade, não conseguiu somente manter o belíssimo propósito, mas arrastou consigo seu esposo Valeriano que, após maravilhosos milagres, converteu-se à fé católica, vindo a receber o Batismo das mãos do Papa, Santo Urbano I. Desta maneira, tornou-se esta virgem e mártir um magnífico exemplo de uma confiança inabalável na bondade de Deus, que nunca nos engana no que diz respeito aos chamados e esperanças que deposita em nossas almas, e de um profundo zelo pela salvação das almas, sobretudo das dos mais próximos.

Justamente na data da comemoração de Santa Cecília – com uma noite chuvosa – foi realizada na Paróquia Santa Ana e São Joaquim, em Petrópolis – RJ, uma abençoada procissão luminosa, na qual os fieis, com velas e tochas, rezando e cantando, como fazia esta virgem e mártir, que com a tocha viva do amor de Deus em seu coração rezava e cantava as glórias do Altíssimo, louvaram cheios de alegria a Mãe de Bondade, cuja Imagem Peregrina foi conduzida em andor pelas ruas desta importante e histórica cidade fluminense.

Não foi a chuva um empecilho, mas um motivo a mais para confiar na bondade de Maria. Com efeito, durante a procissão foram poucas as gotas que caíram do céu, mas, quando a Imagem Peregrina adentrou no recinto sagrado, ao término desta manifestação devocional, a precipitação dos fieis para entrar na igreja tornou-se mais forte. De fato, se isso se desse durante a procissão, difícil seria realizá-la. Mas, como estava nos insondáveis desígnios de Nossa Senhora sua realização, a chuva parou por alguns instantes até que a procissão terminasse.