Um modelo arquetípico de união familiar

O Senhor Deus, no sexto dia de sua sapiencial obra criadora, fez um boneco de barro e soprou em suas narinas, concedendo-lhe o magnífico dom da vida. Desta forma, criou Ele o primeiro homem. E, em seguida, o mesmo Senhor Deus afirmou: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada” (Gn 2, 18), criando, desta maneira a primeira mulher.

Em que sentido quis Deus afirmar “não é bom que o homem esteja só?” Porque o Senhor criou o primeiro homem com instinto de sociabilidade com o objetivo de que ele entrasse em relação de convívio com outro ser humano e, se permanecesse sozinho, este instinto não teria razão de ser.

Mas, para esta finalidade, poderia ter feito outro homem semelhante a ele. Por que razão, então criou a mulher, ser humano como Adão, mas com palpáveis diferenças com relação a ele?

O principal fim para o qual Deus fez todas as coisas foi para que as criaturas espelhassem em si suas augustas perfeições. É por esta razão que o Senhor criou todas as coisas diferentes entre si, e escalonadas de um modo hierárquico. Assim também quis o Senhor criar o gênero humano. Com efeito, Adão espelhava em sua condição humana a Deus em algumas de suas perfeições. Mas não era o primeiro homem capaz de espelhar em si mesmo outros atributos divinos. Somente com a criação da mulher é que isto se tornou possível. Eis outra importante razão pela qual Deus criou a mulher: para ser um complemento do homem em todos os sentidos, sobretudo nesse que é o principal: o de que o gênero humano conjuntamente pudesse ser um perfeito reflexo das divinas perfeições.

Além do mais, Deus criou o homem e a mulher a fim de que eles se unissem, constituindo uma família, com esposo, esposa e filhos. Esta é a verdadeira ordem da natureza. E todo aquele que se contrapõe a este modo de conceber a família peca contra Deus, contra si mesmo e contra a própria instituição familiar, da qual inclusive Ele procedeu.

A Igreja Católica propõe como modelo arquetípico da união familiar a Sagrada Família de Nazaré. Nela, podemos contemplar a figura de um pai santo, São José – que, aliás, não é pai biológico, mas legal – de uma Mãe santíssima, que ao mesmo tempo é Virgem: Maria, e de um Filho que é a própria Santidade: o Verbo de Deus Encarnado, Nosso Senhor Jesus Cristo. Como não deveria ser o convívio entre eles? Com uma frase resumimos: um verdadeiro Céu na terra, com a presença constante do próprio Senhor feito Menino e submisso a todos. Que exemplo para uma humanidade tão afundada no orgulho, na insubmissão, no igualitarismo! O próprio Deus fazer-se Menino e submeter-se a um pai e uma mãe, ambos humanos, Ele, infinitamente superior a eles; e, não só a eles, mas a todo o universo criado!

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No presente post, confira as fotos da Celebração Eucarística que encerrou a Semana Missionária na Paróquia Sagrada Família (Bauru – SP), realizada na noite de sábado, 18 de janeiro de 2014, a qual foi presidida por S. Excia. Revma. Dom Caetano Ferrari, Bispo Diocesano.

Após a solene liturgia, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima foi coroada pelo senhor bispo, o qual consagrou esta paróquia ao Imaculado Coração de Maria.